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Portugal mantém boicote a atletas russos e bielorrussos

De acordo com informação do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Portugal mantém-se na lista dos 30 países que continuam a opor-se à participação de atletas da Rússia e da Bielorrússia em eventos desportivos internacionais.

Portugal mantém boicote a atletas russos e bielorrussos

Numa carta assinada pelos vários ministros ou representantes do Desporto, entre os quais o secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Correia, pode ler-se:

Defendemos que o Estado russo, que quebrou por duas vezes a trégua olímpica, não deve ser autorizado a utilizar o desporto para legitimar a sua invasão bárbara e não provocada da Ucrânia, nem o Estado bielorrusso deve poder utilizar o desporto para legitimar a sua cumplicidade na guerra de agressão da Rússia.

Os assinantes desta carta reforçam que “Permanecem ainda questões substanciais, principalmente no que diz respeito às ligações militares dos atletas, ao financiamento do Estado ou à definição do que constitui as equipas e os mecanismos de inspeção”. Uma mensagem transmitida, aliás, ao COI, no dia 21 de fevereiro.

A carta surge após o Comité Olímpico Internacional (COI) ter informado, a 28 de março, a sua posição favorável quanto à reintegração dos atletas russos e bielorrussos. Um regresso às competições apenas possível sob uma bandeira neutra e com manifesta oposição à guerra, em particular à invasão da Ucrânia perpetrada pela Rússia.

[A nossa posição] não é de discriminação contra indivíduos com base no seu passaporte [e reforçamos o] respeito pelos direitos de todos os atletas a serem tratados sem qualquer discriminação, em conformidade com a Carta Olímpica”, pode ler-se na carta divulgada. A mesma sublinha a importância da justiça na competição desportiva mas também “a garantia de que os atletas da Rússia e Bielorrússia não se apresentem como representantes dos seus respetivos países, tal como recomenda o COI.

A lista dos 30 países reforça “o respeito pleno pela autonomia das organizações desportivas”. Garante, todavia, que estará atenta às recomendações do Comité e implementação por parte das Federação Desportivas Internacionais.

“Se estas questões não forem resolvidas, esperamos que o COI reconsidere a sua abordagem”, poder ler-se na conclusão da carta assinada pelas três dezenas de países.

A participação nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, por partes destes dois países, invasor e cúmplice de invasão, continua a ser uma incógnita, não tendo o Comité Olímpico Internacional tomado a sua posição.

Rita Ferreira

Escrito por: Rita Ferreira
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Especialista em:
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Licenciada em Línguas e Relações Internacionais, teve a oportunidade de trabalhar em iGaming em Malta, o centro europeu da indústria. Durante os últimos cinco anos, aprofundou os seus conhecimentos sobre as várias áreas do setor, tendo-se especializado em avaliações de casinos e casas de apostas desportivas online.

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